quinta-feira, 22 de abril de 2010

O fim pelos inícios.... ou o início do fim

Hoje
Tombei!.. E assim
Jacente Minh’
Alma neste
Hiato
Temporal,
Já não sou
Ávida de
Halos
Teus. Na minha
Jovial
Ânsia de nós, a
Hidra que fomos
Trouxe-a eu tantas vezes
Jazida no silêncio contra
As
Hostilidades
(in)Trépidas
Janotamente ditas
As “Morais”...
Hirto no silêncio
Te sinto e, assim,

Ausente tu de mim, as
Horas vãs e de dor
Tenho-as sãs (pois que seco é este)
Jorro que foi de
Amor...

2 comentários:

  1. Poema teu Joana? Não sabia da tua veia poetesca.

    Gosto sempre de te ler. És rebuscada mas sensível e sincera.
    Gosto da tua natureza expansiva e criativa!

    Beijinhos e bom-fim-de-semana. Diverte-te!
    Nela

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  2. Feiticeirnha,
    Nem sei que dizer. Não sou crítica literária(embora gostasse de ter conhecimentos para o ser...), mas este é um poema magnífico. Enquanto texto lírico, é o espaço de excelência para a expressão do sentimentos do "sujeito poético"(que pode ser o autor/poeta ou não. Diz(ia) a Teoria da Literatura (Victor Manuel Aguiar e Silva) que o poeta e o sujeito poetico, o autor e o narrador nunca podem ser confundidos... os primeiros são entidades reais com identidade conhecida, os segundos são entidades ficcionais criadas pelos primeiros. Contudo, se isto é uma verdade que se aplica em muitos casos, eu defendo que "a obra" reflecte sempre alguma da vivência do autor. E assim, este teu texto(que dizes escrito há muito tempo)refecte um momento da tua vida em que o ritmo dos acontecimentos te invadiu e te balançou...acontecimentos esses que se percebem não banais pelo recurso sistemático às classes gramaticais do "nome"(13) e do "adjectivo"(11)que predominam na carcterização/descrição.Verbos são 9... o que me autoriza(???) a dizer que mais do que lembrares os momentos, tu pretendes valorizá-los ou desclassificá-los. Versos de métrica irregular, embora quase sempre curtos e sem rima... vão claramente ao encontro do ritmo dos sentimentos que, então, te "abafavam".
    Peço-te desculpa se estou a fazer uma interpretação abusiva... é o risco que corre quem se propõe escrever(tão bem)e tem a bondade e humildade de repartir com o leitor os seus escritos.
    Amo-te muito, Feiticeirinha... nasceste apenas oito dias antes da minha filha. As nossas barrigas cresceram juntas e tu eras esperada com a maior ansiedade do mundo. Mas, finalmente, nasceste(nasceram) menina(s)... e que menina(s).
    Bjinhos

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