sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Tempo... Remédio amargo e doce Veneno

Nunca fui pessoa de silêncios...

Mesmo quando eles eram bâlsamos num quadro de emoções perturbadas sempre quis (quero) uma palavra muda...

As palavras escritas, mudas, eternas aliadas do silêncio, carregam em si a nobreza da cumplicidade com o mais profundo Eu.

Assim, numa clara -ou desesperada- tentativa, sempre quis organizar as emoções vertendo um ou outro pensamento em papéis brancos, guardanapos de café ou diários emergentes de um impulso de escrita...
Mas se me encontro ou reencontro nessa escrita, é pela leitura que mais descubro outras frases que tão bem dizem o que, por vezes, calo...
No último livro que li "tropecei" neste pensamento:

“O tempo é o lenço de toda a lágrima”.

... Como poucas e simples palavras numa conjugação ainda mais simples carregam uma densa e implacável verdade!...
O Tempo limpa as lágrimas, o Tempo enxagua as lágrimas, o Tempo seca e rasura as lágrimas...
... O Tempo...
Daqui salto para o meu tempo, os meus tempos...
E hoje foi tempo de escrever...
Beijos enfeitiçados e sorrisos endiabrados!