sábado, 31 de julho de 2010

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(estas coisas dos blogs e das redes sociais permitem-nos um registo em espécie de desabafo que, neste momento, me apetece)


Hoje quase perdi uma amizade que muito estimo e quero continuar a estimar . Por força de uma precipitação de tempos, caí num (legítimo) juízo sobre a minha lealdade que de todo não correspondeu à inocente intenção que esteve por detrás da minha atitude.

Apesar de tudo esclarecido (ainda bem!) levei-me a reflectir , uma vez mais, sobre esta coisa da dualidade de perspectivas de uma realidade ou de um facto real. Quantas vezes a objectividade ou simplicidade de um gesto, uma atitude, uma reacção, uma palavra e até um silêncio, não é questionada ou maculada por uma perspectiva de uma “lente” diferente?

Apesar do constrangimento dessas situações e nunca dispensando a inabalável força da honestidade, resta-nos, ainda assim, acreditar que quem nos vê erradamente tem o dever de assumir a possibilidade de poder estar a ver-nos subjectiva e, por consequência, erradamente…

Espero não mais voltar a ser mal-entendida nos meus gestos, atitudes, reações, palavras e silêncios sendo que de tudo farei para clarificar situações dúbias sobretudo quando o que está em causa é a minha intenção e até o sentido dos meus afectos!

(fim de desabafo)

1 comentário:

  1. Feiticeirinha,
    Olha!... o teu texto deixou-me preocupada na medida em que nele te percebo “desconsolada” e triste.
    “Desconsolada” e triste porque a tua abertura de espírito, a tua forma inteira de estar na vida, a tua disponibilidade para os teus amigos não são entendidas na verdadeira dimensão da AMIZADE… antes são “desfocadas” e metamorfoseadas ao sabor do “sentir” de quem lê os teus gestos e nas tuas atitudes… bebendo neles sentidos e intenções absolutamente alheios ao teu propósito.
    Mas, Feiticeirinha, a vida é mesmo assim!
    Toda a palavra, todo o gesto é susceptível de leituras diversas… depende do “olhar” que sobre eles se coloca… e, como sabes, há olhos que procuram ver o que não existe… mas aquilo que eles gostariam que existisse.
    A subjectividade é própria do “eu”… que olha a realidade de acordo com os seus desejos e vontades…
    Por isso, sorri de novo.
    Estou certa de que, com uma nova leitura das tuas intenções, esse “eu” que olhou os teus gestos conforme o seu “sentir” vai perceber o equívoco de interpretação e entender a Amizade que lhe dedicas… AMIZADE apenas... o que não é pouco… Basta ler Francesco Alberoni para se aprender que nenhum outro sentimento é tão profundo, disponível e “desinteresseiro” como este.
    Um beijinho

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