segunda-feira, 27 de setembro de 2010

... ainda antes de adormecer...


Li e reli os textos deste meu Blog ("meu blog", pomposo não é? enfim...)


Na verdade, alguns são, bons textos, não há que ser falsamente modesta. Nunca o fui e não vejo razões para o ser agora. Vi-me mesmo surpreendida com os comentários que ia cogitando à medida que ia lendo os textos ao ponto até de achar que não era eu a sua autora de tão poéticos que me soavam.

Outros, obviamente, são medianos, simples relatos de fragmentos da minha existência também ela tão simples.

Não pude, porém, deixar de concluir que este blog tem uma carga triste, nostálgica, saudosa e demasiado agarrado a emoções que teimo em convocar para o presente quando as mesmas deveriam estar no protector lugar do "foram, eram, aconteceram".

E quando me deparei com a necessidade de escrever algo mais "light", senti-me incapaz. Porque, neste momento, é essa minha alma nostálgica e intensa que comanda a minha vida.

Permito-me tantas e um sem número vezes que a alegria me invada e rio, e digo tontices, e faço disparates, e sorrio com tanta facilidade, mas quando chego aqui, no momento de desaguar os textos, como que deixo cair o manto e desnudo-me até à nostalgia...

E sorrio, ainda assim, ante esta quase inevitabilidade. E rendo-me a ela, mesmo acreditando que não há ninguém nem nada neste mundo que mereça tal nudez...

1 comentário:

  1. Querida feiticeira,

    A tua nudez para mim é completa e fascinante.
    Eu não chego aqui e deixo cair o manto, eu deixo cair o manto na noite, entre lençois e a minha almofada, amargurado da minha cobardia.
    A tua existência simples, faz-me existir!
    Este seguidor de Merlin, não está a ser um feiticeiro á tua altura!!!

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