sexta-feira, 26 de março de 2010

Finalmente: o Jantar é hoje!!!

Depois de 500 mil desculpas e adiamentos e bla blas é hoje que eu vou fazer a minha colecta.

A amizade é tão bonita ... ))

terça-feira, 23 de março de 2010

Recantos da memória... dele...

"Aquele maço de cigarros inerte, doença em potência mas, ainda assim, convidativo pelo doce cheiro das folhas secas por queimar, era o refúgio do meu olhar enquanto ela me arremasava umas quantas verdades... (Como ela ficava desejável nessa sua intrepidez dessas suas razões!!)

A sala estava higienicamente mobilada albergando apenas a intenção decorativa de um gabinete de trabalho. Só uma mesa longa se nos interpunha já que tudo em nós se imbricava apesar das tuas verdades.

Essas recebiam de mim um cabisbaixo e anuente "eu sei", "não sei", "pois...".

Recordo-me do quanto desejei que nada existisse: apenas nós, sem circunstâncias de tempo, lugar, estados civis, compromissos... Que a nossa vida fosse um doce romance em que tudo é viável nos caprichos manipulativos do autor.

E foi nesse desejo que, de repente, nos vi enlaçados (as verdades hirtas, frias, impeditivas esfumaram-se) nos braços e nos beijos um do outro. As bocas incansáveis buscavam recantos inundados de desejo, as mãos sondavam medidas já reconhecidas mas sempre novas a cada passagem. Os olhos, persianas de média luz, viajavam sem rumo. Os corpos agora rendidos aos comandos das emoções ditas, prometidas e incontidas são CORPO, de tanto se sentirem reflexos reflectidos reflectores...

Assim me lembro de ti quando quero esquecer-te..."

sexta-feira, 19 de março de 2010

O meu Papá...

Papá….

Há uns tempos atrás descobri em mim que a escrita me faz bem no justo papel de ser portadora e reveladora das minhas emoções, sejam elas boas ou tristes, intensas ou serenas…

Entretanto, rendida que me vi à era da comunicação pela internet criei este espacinho onde me quero revelada ou escondida conforme os meus apetites. É certo que se trata de um meio de (constrangedora) exposição pública mas, ainda assim, de possível intimidade dado que só poucos (e muito bons) sabem quem verdadeiramente é a Feiticeira…

Portador e revelador de emoções minhas, não podia deixar de fazer deste Blog o meu cúmplice neste tímido tributo a ti, neste dia teu que, afinal, é só mais um dia em todos os dias que sempre, desde que nasci, foram teus: O Dia do Pai…

Papá…

Sempre que me apetece dizer-te coisas bonitas na tentativa de fixar-nos num quadro perfeito de Pai e Filha dou comigo a rebuscar imagens no meu baú de (tantas!!) memórias boas. Enredada que aí fico quase se torna tarefa complicada eleger uma delas e, dessa forma, erguê-la ao pódio de “Imagem Perfeita”. Quase, digo eu porque, na verdade, na abundância das boas memórias há uma que desde sempre e sempre se destacou das outras: tu a convidares-me para dançar e eu, com ainda sem meia dúzia de anos feitos, exultante, a aceitar; e tu agarravas-me nas mãos, eu subia aos teus pés, orgulhosamente empoleirada; e nós, alheios a tudo e a todos, sobranceiros que estávamos num harmonioso equilíbrio espelho do que verdadeiramente sempre fomos como Pai e Filha. É este o nosso quadro perfeito!...

Podia aqui ainda falar-te das outras memórias boas: do quentinho que invade o meu coração quando te oiço falar das tuas aventuras e desventuras políticas, do orgulho que sinto pelo homem de luta que sempre foste, da tua capacidade de resistência e resiliência em prol da família; da gratidão que te tenho por seres o meu fã número Um (e desde pequenina!). Podia revelar-te como tantas vezes pauto o meu sentido de vida para estar à altura das tuas expectativas, dos teus sonhos, dos teus projectos e como , todas essas vezes, percebi que, afinal, “só” desejas a minha Felicidade, que sempre respeitaste e acreditaste nas minhas escolhas… Como esquecer-me ainda da tua ternurenta paciência no ensino da condução? Lembras-te, Papá? Ou então o Homem que foste quando, completamente desfeita, te dei conta da mais difícil decisão da minha vida. Outra memória mais recente: como te tornaste um homem (mais) amoroso nesta fase dócil e serena da vida…

Que Pai maravilhoso sempre foste e és e serás!

A quem me lê, para além do meu Papá:

O meu Pai é um homem extraordinário.

Nunca lhe conheci azedume, contrariedade, desistência ou qualquer sinal de negativismo. É um ser humano dotado de um sentido de humor inigualável, de sorriso fácil e com um sentido positivo da vida. É um ser humano solidário e sempre lutador pelos direitos dos outros, fundamentalmente quando estes eram oprimidos e até postergados. É um homem doce, afável. Um homem culto, curioso, não resignado às evoluções. É um Pai atento, cuidadoso. Um Pai que lutou para dar aos filhos valores, afectos e formação.

Não há maior satisfação do que perceber e sentir, sem sombra de dúvida, que este meu reconhecimento está protegido de qualquer mácula de tendenciosidade já que o Meu Pai é assim visto por todos o que com ele tiverem e têm o privilégio de conviver.


Papá… vou amar-te sempre e sempre com este carinho e ternura imensuráveis.


Feliz Dia, Papá!

terça-feira, 16 de março de 2010

O desencontro, de novo...

O meu esquema mental sobre “NÓS” tornou-se um verdadeiro labirinto…

(ao enternecimento, seguiu-se, de novo e sempre, a implacável ausência. Jaz, pois, aqui, o seu desabafo em tempos de vazio...)

Dizem que saber esperar é uma virtude, que a pressa é inimiga da perfeição, que depressa e bem não há quem, que quem espera sempre alcança...
“Dizem”... essa entidade que proclama pensamentos cliché, lugares comuns enfadonhos e se esconde numa aparência balofa de Guru do Sentido da Vida…

A verdade é que os clichés confortam quando estamos no tempo deles e com eles nos identificamos.

No meu caso, no nosso caso, esses lugares comuns são irritantes, arrogantes e até petulantes ante a confusão que se instalou na minha perspectiva e percepção desta nova (angustiante e interminável) fase da nossa relação. Ou deverei dizer “relação” enfatizando a diferenciação, anormalidade ou irrealidade que o uso das aspas implica? Pois bem, parece-me justo que eu escreva “relação”. E sabes porquê? Porque efectivamente, não há relação.

Nós não temos uma relação.
Temos afectos, afinidades, sentimentos, uma história mal resolvida, pseudo-concretizada. Temos hiatos de tempo entre nós, outras histórias, outras vidas, outros afectos… Temos vontades, desejos, projectos adiados, incessantemente adiados…

O nosso único e indefectível património comum é o Tempo… os dias, as semanas, os meses que todos se converteram em anos…

E se já nos confessamos arrependidos desse tempo que passou e, portanto, tempo perdido, porque não te mereço hoje um sinal? Uma leve mas indelével presença? Uma interrupção nesse silencio? Será que te assustei e afastei? Será que, afinal, não temos vontades, desejos e projectos e estes mais não são do que meras realidades minhas, numa solitária singularidade?...

Tantas coisas me disseste e escreveste no contexto da impossibilidade, sereno e confiante da tua privacidade. O que mudou? Melhor: essa mudança implica essa estanquidade? Exige essa fuga? Esse isolamento? E se sim (admito), exige nessa medida absoluta?...

A espera é verdadeiramente horrível quando não se tem nada no horizonte que permita estar-se à toa dos acontecimentos e ainda assim com rumo…
Estou sem rumo e sem timoneiro apenas com os despojos de memórias cada vez mais longínquas…

O vazio é mais vazio quando o que se deixa(ste) vago é um lugar exclusivo, singular, especial, próprio, devotado a um sentimento…

Dizer-te "Amo-te, perdição..." tornou-se mais salvador para mim do que reconfortante para ti...

sexta-feira, 12 de março de 2010

A transparência de aquário....

“Foi assim que interpretei. Sugere-me uma reconciliação, ainda que fortuita, efémera.” Ao que retorqui: “Nada disso. É um texto ficcionado. Engraçada essa tua primeira impressão do texto…”


Esta forma cibernáutica de “comunicação” tem um quê de interessante ao mesmo tempo que lhe vislumbro a fragilidade da ausência física.

Não há palavra, por mais rica, rebuscada, literária, estilística ou metafórica, capaz de substituir o manancial emotivo de uma expressão facial, de um som, de um gesto.

Contudo, a evolução dos tempos ditou que as amizades forçadas a serem à distância podem manter-se activas e presentes por virtualidade dessa tal forma cibernáutica. Assim, nos amigos distantes que quero presentes, lá vou trocando mails, frases nos canais de conversação ou, mais recentemente, nas redes sociais. Os tempos e a falta deles até já preteriram o “moderno” telemóvel…

Foi precisamente numa dessas conversas de net, com um bom e velho amigo, distante apenas pela força centrífuga das rotinas, que me surgiu o mote para a reflexão: afinal a transparência que muitas das vezes julgamos ser(mos) mais não é do que o vidro de um aquário em que nos deixamos ver sem saber como estamos a ser vistos. Mais: presumimos (e não abdicamos) que os outros só nos podem ver tal qual nos queremos apresentar. Afinal não é essa a essência da transparência?! …

Hoje percebi que não é assim. Claro que esta reflexão assenta neste episódio concreto da conversa com o meu amigo Nuninho mas deve ganhar uma dimensão extrapolada para um contexto de generalidade.

Um blog é um espaço neutro, inócuo, vazio. Molda-se às pretensões dos seus autores e veste-se à medida suas das finalidades e propósitos. Vemos na dita “blogosfera” uma panóplia pluriforme e pluricolor de espaços que sendo, muitas das vezes de foro individual, assumem pois uma exposição incomensuravelmente pública. Quantas e tantas das vezes, numa espécie de paradoxo existencial, os autores mostram ao Mundo precisamente o seu mais secreto e íntimo mundo garantidos que se encontram pelo anonimato de alcunhas, nicknames e perfis falseados…

Outras quase tantas vezes, vemos blogs de cariz informativo, político, manifestações de cidadania, meros diários, pontos de encontro, divulgações…

O meu blog serviu-me no propósito de divagar…

Sou assumida e confessadamente uma divagante nata. Daí a criar um blog onde pudesse dar largas à divagação foi um passo tímido e em muito dado por instigação de uma adorável amiga que, na coerência de me achar a personificação da hiperbolização na perspectiva da vida, vislumbrou um blog como o complemento perfeito dessa minha faceta.

Blog criado, blog publicitado aos amigos mais íntimos. Daí que o anonimato da Feiticeira esteja, em parte, e numa adorável parte, precludido, afastado, comprometido…

Textos postados, textos comentados no espaço próprio e até em conversas de café, restaurante e telefonemas entre mim, a Feiticeira, e os meus leitores amigos identificados…

Mais inspirada, menos inspirada, lá venho divagando.

As minhas divagações têm assentado, invariavelmente, em episódios reais. Admito que a minha escrita (divagação) flui melhor se despoletada por um acontecimento real. Recordo-me aqui da minha “obra-menina-dos-meus-olhos”, Diário de Uma Despedida de Solteira, que tanto prazer me deu (fundamentalmente por ser um presente para a Monique, a minha querida Monique).

Mas, prevendo um eventual período de escassez de factos-mote, recentemente equacionei a possibilidade de escrever (divagar em) textos de pura ficção. Tarefa, à primeira análise, hercúlea já que não me sinto com capacidade criativa sem referência a casos concretos. Mas como também sou “tinhosa”, teimosa, caprichosa (costelas de Escorpiana), lá me iniciei no ficcionamento. Pensei numa mulher e num homem, numa relação cujos contornos ainda não sei definir e “apanhei-os” num momento dessa relação… um momento de desencontro e encontro e desencontro, de novo. E escrevi.

Atendendo ao comentário do meu amigo e que impulsionou a presente “statement”, impôs-se-me, agora, fazer a ressalva que se faz nas novelas e filmes e afins:

Dos textos de ficção aqui publicados, qualquer semelhança com a realidade, trata-se de pura coincidência não se responsabilizando a Feiticeira pelas interpretações secundárias e danos colaterais que os mesmos possam provocar nos seus leitores.

Da Feiticeira, mais real que ficção para quem efectivamente merece.....

quinta-feira, 11 de março de 2010

Clandestinidades em jeito de conto

Aquela música, naquela manhã, àquela hora, enquanto se dirigia para a Estação, foi como que um sinal.
E logo com ela, que na sua visão "pluma" da vida, achava um quê de mágico -e até de realidade- nesses "sinais". Em jeito de conspiração do Destino ela valorizava a ocorrência (coincidência?) de certos factos em determinados momentos e lugares, embora sempre negasse os fenómenos transcendentes. Costumava rir-se desta sua faceta adolescente e desdenhava até de quem se dedicava a seguir os ditos sinais. Mas a verdade é que titubeava sempre que isso acontecia consigo.
A música (e logo aquela!) era, pois, um sinal sussurrando que devia ligar-lhe e dizer: "hoje vou aí!". Mas hesitou.
Sempre segura de si e dos outros estava convencida de que o seu silêncio, imperador e dono dos tempos últimos, não seria quebrado. Como podia ele estar tanto tempo sem saber de si?....
O Sol também era um sinal.
Rasgando os tímidos mas, não obstante, insistentes farrapos de nuvens, impunha-se na luz e no calor. Era uma figura da força da Natureza e, seguindo-lhe os passos, ou melhor, os raios, encorajou-se e mandou-lhe uma sms. De teor formal, franco e seco deu-lhe conta de que dentro de uma hora estaria perto dele. Exultou quando teve resposta! Igualmente formal, franca e seca: “Vou ter contigo”.
Desse segundo em diante foi arrebatada pela ansiedade.
Queria dizer-lhe, olhos nos olhos, um ensaiado Adeus, dizer-lhe o quanto ele não merecia as emoções que lhe dedicava, arremessar-lhe umas quantas frases cliché tão apropriadas a discussões onde as vontades se querem intrépidas. Ou então... enternecer-se quando os seus olhos encontrassem os dele, entregar-se à languidez característica de quando se mata saudades...
E o tempo não passava, a distância não encurtava.Volvidos minutos que pareceram horas e horas que pareceram dias, chegou ao destino. O local de encontro, entretanto acertado por outras mensagens sempre formais, francas e secas, era descaracterizado, movimentado, atribulado pelo vai-e-vem de pessoas vestidas de anonimato. Um cenário nu da carga emotiva que o momento reclamava.
Num rápido olhar, não o encontrou. Desta vez decide ligar-lhe (às malvas com as mensagens!!).
Concurvada sobre o telefone, qual espia na mais secreta missão e na inglória tentativa de filtrar os sons da cidade e das gentes a fim de ouvir quem do outro lado da linha queria falar, apercebe-se de um vulto ao seu lado... dos pés sobe o olhar e eis que encontra o olhar desejado e o sorriso arisco...
Enterneceu-se... e, assim desarmada, devolveu-se a ele e sorriu-lhe (há rendições que, de tão prazerosas, têm um custo que só o Tempo é legítimo cobrador...)

terça-feira, 9 de março de 2010

O Abraço dos Afectos...

(ao cabo de um dia de arrumações no meu espaço cúmplice lá de casa, o escritório, encontrei alguns textos que escrevinhei há uns bons três anos... Este é um deles.)


Na verdade, sempre vi a vida idilicamente.
Sinto-me abraçada pelo manto da visão sonhada. Nunca acreditei em Deus ou deuses, em anjos ou forças divinais e (ou) demoníacas(!!), mas o que se me apresentava como transcendente, eu não compreendia. Dizia “fruto da imaginação”, “e se, de repente, isto acontecer?” ah! E ninguém me segurava no devaneio…

Numa clarividência subtil (que paradoxo!) percebi que essa força transcendente e alienante era nada menos que o Amor que sinto dentro de mim…. A Alegria que mora em mim… Sim! Sou uma pessoa amada, amante, alegre e alegrante… e o calor que me invade em certos momentos é tão reconfortante e forte que o meu corpo, mesmo que robusto nas formas e substância, torna-se impossibilitado de conter tanta vontade de dar…

Ainda que (as gentes d) o Mundo seja cada vez mais feroz, intrépido e voraz não abdico da energia que os Afectos têm! São eles que nos conferem humanidade, pessoalidade e quanta força!!

Escrevo estas palavras ainda emocionada pelo abraço de um amiguinho meu.

Hoje, ao cabo de alguns dias de ausência, ele viu-me! Não sei onde arranjou tanta destreza naquele corpinho rechonchudo para correr até mim. Não fosse o Sol uma força da Natureza e diria que a luz daquele momento vinha do sorriso do meu amiguinho saudoso… o abraço foi arrebatador na intensidade, na franqueza, na alegria.

- “Já estava cheio de saudades tuas! Nem imaginas a novidade: Deixei a Ritinha! Tinhas razão! Ela não me merecia!” Que esforço o meu para não rir ante a determinação inabalável daquele meio metro de gente e com quase meia dúzia de anitos! Contive-me e disse-lhe:

- “Desde que estejas feliz, eu estou contigo! Vais ver não te faltarão namoradas!”
- "Achas?" - perguntou ele com uma expressão plena de dúvidas, ansiosa de respostas reconfortantes.
- "Claro que sim!" - e fitei-o intrépida no sorriso que lhe devolvi como quem lhe diz podes confiar em mim e tudo correrá bem.  Ele abraçou-me como um sorriso ainda maior que o meu...

Os olhos dele cantavam melodias só audíveis pelo estetoscópio do afecto que lhe tenho! De facto, dar afecto é bom, receber afecto é bom, mas quando há efeito boomerang a sensação é inexplicavelmente deliciosa…

Momentos destes, ainda que pontuais, justificam e explicam sensações de transcendência e omnipotência. Somos imbatíveis e não há moínhos que nos detenham!

Por isso, e porque a singeleza é tantas vezes sinónimo de imensidão, me apetece gritar apenas: vivam os afectos!!!

(O texto original terminava aqui. Este amiguinho é o Paulinho, que hoje e desde há muitos anos, por força do separação dos pais, foi viver com o pai para a Suíça. Tenho muitas saudades dele mas vou tendo notícias de que está um rapagão. E porque os Afectos, quando fortes, sobrevivem às ausências, deixo aqui um beijinho muito especial para ele no desejo de que o Mundo lhe sorria sempre... )

Feitiços de Afectos...

segunda-feira, 1 de março de 2010

E eu lá sou mulher de fugir a reptos?? ( a repteis sim!!!... apre!!))

Encontrei na minha caixa de correio o seguinte mail, em jeito de desafio: caracteriza-te em seis palavras e manda aos teus amigos nas próximas 24 horas. Se eles concordarem em três das seis és uma pessoa de sorte. (Será que estas correntes de sorte querem dizer "ganharás a Lotaria, o Euromilhões e ainda um McChiken com Coca-cola 33cl"??!!)

Aceitei o desafio e lanço aqui o repto a quem me lê e é minha/meu amiga/o. Assim, cá sou eu:

Familiar – tirem-me da minha prole e não me reconhecerei.
Amo e revejo-me nos meus pais, nos meus irmãos, nos meus sobrinhos e nos meus queridos tios... Se bem que aqui queira deixar mais vincado o sentimento afectivo pelos laços de sangue, incluo neste meu bem-estar de pertença os amigos ... tenho poucos mas são muito bons ... quase todas mulheres...


Teimosa - obstinada e casmurra!!
“Estás a ver a relação entre uma rolha e a água? A tua opinião é a água e eu a rolha ... não me afundas!!”: é a minha frase de eleição! Admito que já me trouxe alguns dissabores esta minha teimosia ... mas o balanço é positivo. Trouxe-me também muitas coisas boas na vida... Será que a impulsividade que tanto me caracteriza cabe aqui? De mãos dadas com a teimosia?? Seguramente que sim!! Sou impulsiva. Primeiro atiro e depois é que verifico a mira! .... mau, muito mau ... ihihihihi

Alegre – “always see the bright side of life”.
O riso é fácil em mim. E, talvez por isso, seja propensa a viver episódios insólitos. Acontece-me muitas vezes rir de situações cómicas que já passaram há séculos mas que provocam sempre a mesma rendição à gargalhada. E rio, rio.. Talvez aqui, nesta alegria, se enquadre também o meu lado apaixonado. Confesso que sou muito “cor-de-rosa” e que me entrego incontestavelmente à versão romanceada da vida. Tonta??!! Não! Mulher plena....

Sentimental – emotiva, manteiga derretida, meiga.
Perco-me com mimos e a dar mimos. Emociono-me com as coisas simples da vida e francamente adoro ser lamechas. Choro com quem chora, rio-me com quem ri. E a ternura enternece-me. Quando vivo um momento de plenitude os olhos inundam-se de água como se a alegria não se contivesse no simples sentir...

Distraída – não é bem distraída mas sim no mundo da lua ...
Divagações é o meu passatempo preferido e quando dou por mim, já fiz asneira!!! Ou queimei o estrugido, ou deixei a janela aberta em dia de chuva, ou não travei o carro, ou deixei as chaves dentro da porta de casa, ou assusto-me com toda a gente .... enfim ... Ah! E para lembrar datas de aniversário esqueçam!!!

Prática – não gosto de adereços, de berliques e berloques.
As coisas existem para nos servir e não para que nos escravizemos a elas. Adoro simplicidade porque nela se vê a verdadeira e primitiva essência... Nunca liguei muito aos pormenores decorativos. Além de prática, e dentro da mesma categoria, sou pragmática. Admito que, num primeiro momento tendo para o melodramatismo do tipo “só a mim é que acontecem estas coisas!” Mas, na mesma fracção de segundo, já dei a volta e já estou a tentar solucionar o problema numa postura de mangas arregaçadas porque “isto é para mim!”.

Feitiços e pozinhos mágicos a quem aceite o desafio...