terça-feira, 10 de novembro de 2009

Não tomemos a parte pelo todo...

Minha Querida AMIGA do último comentário ao textinho do Rosa Guimarães:

É mais do que sabida, senão mundialmente, pelo menos Portugalmente, a minha incondicional rendição à arte e à mestria das interpretações da Maria Bethânia...

Acho-a intensa e genuína e tê-la visto em palco sedimentou a minha rendição...

Admito que muitas das suas escolhas se prendem com canções, músicas ou obras de "amores feridos" a cuja interpretação imprime um cunho pessoalíssimo, maduro, sentido, intenso e que, tantas vezes, nos transporta para a quase real vivência dessas (tantas vezes tristes) emoções, mesmo que estejamos longe de as sentir na realidade.

De facto, essas interpretações absorvem-nos e implicam-nos numa imitação da vida...

Mas, se isto é verdade, levando-te Querida AMIGA, a dizer-me para não ouvir Bethânia quando estou mais triste, não é menos verdade que esta mulher "força da natureza" tem outras escolhas alegres. Talmente na intensidade interpretadas leva-nos, com o mesmo quase-hipnotismo, a viver sensações de vida e de força!

Ainda estou muito fresca nesta coisa de blogs e não sei "postar" músicas, mas deixo a letra desta que é um delicioso hino à Alegria em palavras e em melodia....

Quem tiver a curiosidade, que procure!

Por isso, minha Querida AMIGA, deixa-me ouvir "esta" Bethânia, neste imenso e intenso registo de força e alegria onde pretendo claramente absorver "coragens"...

Um beijinho com muitos pós de alegres feitiços e afastados venenos...

ALEGRIA

Vou te dar alegria
Eu vou parar de chorar
Eu vou raiar um novo dia
Vou sair do fundo do mar
Eu vou sair da beira do abismo
E dançar e cantar e dançar
A tristeza é uma forma de egoísmo

Eu vou te dar, eu vou ter dar
Eu vou te dar Alegria


(do álbum Imitação da Vida)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O fecho de um ciclo...

Porque não há luto sem enterro, precisei escrever isto...

Adeus...

Ao Amor ferido pela
Desilusão! Neste
Entorpecimento sentido, orfãos
Uivos quebram o
Silêncio imposto.

Alma, assim perdida,
Despede-se dos cruéis
Enleios, instrumentos
Usurários na fragilidade dos
Sentimentos ora traídos.

Assim morto o
Doce-agreste
Enternecimento,
Urge o
Sossego de minh’ Alma…

... Não há veneno neste mundo que macule o feitiço da minha essência...

Jamais me renderei à escolha de um jeito triste e amargurado!